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Venda de itens de design cresce no últimos anos
11/04/2023 / 11:46
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O mercado de itens de design tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil nos últimos anos. Em 2019, o setor movimentou cerca de R$ 14,5 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign). Em 2020, apesar dos impactos da pandemia, o mercado manteve um crescimento de 5,6%, com um faturamento de R$ 15,3 bilhões.

Em 2021, o mercado de design continuou sua trajetória de expansão, impulsionado pela aceleração da transformação digital. Com o aumento da busca por soluções tecnológicas e inovadoras, o setor registrou um crescimento de 7,8%, atingindo um faturamento de R$ 16,5 bilhões. Esse cenário positivo se manteve em 2022, com um crescimento de 8,2% e um faturamento de R$ 17,8 bilhões.

As perspectivas para o setor de itens de design no Brasil são bastante animadoras. Segundo um estudo da consultoria KPMG, o mercado de design deve continuar crescendo em média 8% ao ano até 2025, quando a previsão é que alcance um faturamento de R$ 22,5 bilhões.

Segmentos e produtos em alta

Produtos como forno holandês, amassadores de lata rústicos, churrasqueiras de ferro fundido, revestimentos especiais, facas especiais são itens que ganharam espaço recentemente.

Entre os segmentos que mais têm contribuído para o crescimento do mercado de design no Brasil estão a moda, nicho de coisas de cozinha feitos de ferro fundido, a decoração, e arquitetura. A moda, por exemplo, tem se destacado pela criação de coleções exclusivas e pela preocupação crescente com a sustentabilidade. Já a decoração e a arquitetura têm investido cada vez mais em soluções que aliam design e funcionalidade, como móveis multifuncionais e soluções de iluminação inteligentes. 

Além disso, a crescente valorização do design brasileiro tem contribuído para impulsionar o mercado. Cada vez mais empresas e consumidores estão reconhecendo a importância do design nacional e valorizando os produtos criados por designers brasileiros. Esse movimento tem impulsionado a produção de peças exclusivas e de alta qualidade, que conquistam cada vez mais espaço no mercado.

Outra tendência que tem se consolidado no mercado de design é a busca por soluções mais sustentáveis e responsáveis. Cada vez mais empresas têm investido em materiais e processos de produção mais eco-friendly, em busca de um modelo de negócios mais sustentável e alinhado com as demandas dos consumidores.

É importante destacar que o mercado de itens de design tem sido cada vez mais impulsionado pelo e-commerce. Com o aumento das vendas online, os designers têm mais oportunidades de divulgar e vender suas criações para um público mais amplo. Essa tendência deve se manter nos próximos anos, com a expansão do comércio eletrônico e a popularização das redes sociais como canais de venda.

Forte expansão guiada pela venda online

De acordo com um estudo da Ebit/Nielsen, as vendas do comércio eletrônico cresceram 47% em 2020 em comparação com o ano anterior. Isso mostra que o mercado de design também teve que se reinventar e apostar em vendas online para continuar atendendo seus clientes. Além disso, muitas empresas começaram a investir em tecnologia e inovação para se destacar da concorrência.

No entanto, mesmo com os desafios impostos pela pandemia, o mercado de design no Brasil apresenta perspectivas positivas para os próximos anos. Segundo um estudo da consultoria Euromonitor, o mercado de artigos de decoração no Brasil deve crescer em média 6,2% ao ano até 2023. Isso se deve, em grande parte, ao aumento do poder aquisitivo da classe média brasileira, que tem investido cada vez mais em itens de decoração e design para suas casas.

Além disso, com a retomada da economia e a flexibilização das medidas de distanciamento social, a expectativa é que as vendas em lojas físicas voltem a ganhar força. Com isso, as empresas de design no Brasil poderão investir em novas lojas, ampliando sua presença em diferentes regiões do país.

Em resumo, o mercado de design no Brasil tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, especialmente em decorrência da pandemia do COVID-19. No entanto, as perspectivas para o futuro são positivas, com um aumento do poder aquisitivo da classe média e a retomada da economia impulsionando as vendas de artigos de decoração e design no país. Cabe às empresas do setor investirem em inovação e tecnologia para se manterem competitivas e aproveitarem as oportunidades oferecidas pelo mercado.