A vastidão do universo torna quase inevitável a existência de vida fora da Terra. Apenas a Via Láctea, nossa galáxia, abriga cerca de 300 bilhões de estrelas, muitas delas com planetas em órbita — conhecidos como exoplanetas — que podem ter condições semelhantes às da Terra. Cientistas afirmam que a descoberta de vida alienígena é uma questão de probabilidade, embora atualmente não haja evidências concretas.
Especialistas como Maggie Aderin-Pocock, cientista espacial, ressaltam que o universo é grande demais para que sejamos os únicos seres vivos. Projetos recentes, como o Breakthrough Listen, buscam sinais de civilizações extraterrestres em milhões de estrelas próximas e no centro da Via Láctea, mas qualquer mensagem levaria milhares ou até milhões de anos para chegar à Terra.
Apesar do alto potencial de existência de vida, não é certo que ela seja inteligente ou capaz de se comunicar. “Durante bilhões de anos, a vida na Terra era formada por organismos simples; a vida multicelular surgiu apenas depois de uma série de eventos complexos”, explica o professor de astrofísica Tim O’Brien.
Além disso, as viagens interestelares apresentam desafios tecnológicos e físicos enormes. Nenhum veículo espacial humano, nem mesmo sondas, seria capaz de percorrer distâncias entre estrelas em tempo viável. Mesmo civilizações avançadas enfrentariam limitações semelhantes, e é possível que simplesmente não tenham interesse em visitar a Terra.
O timing cósmico também é um fator decisivo. A vida humana moderna existe há apenas cerca de 300 mil anos em um planeta com 3,5 bilhões de anos de vida. A possibilidade de que duas civilizações coexistam no mesmo período histórico é pequena, o que reduz ainda mais as chances de contato.
Em resumo, embora a vida alienígena seja quase certa em algum ponto do universo, o contato direto com seres de outros planetas — seja por comunicação ou visita — provavelmente não ocorrerá em um futuro próximo.