Fernando Cunha Lima, 81, o médico pediatra acusado de abusar sexualmente de crianças, foi preso nesta sexta-feira (7/3) em um flat localizado na praia de Janga, município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, após passar quatro meses foragido. Durante esse período, o médico levou uma vida de luxo, cercado de conforto e proteção, enquanto ainda estava sendo procurado pela justiça.
Em imagens e vídeos obtidos, o pediatra aparece desfrutando de atividades como banho de piscina, cerveja, churrasco e sorvete (confira imagens abaixo).
A Polícia Civil da Paraíba confirmou que, durante o tempo em que esteve foragido, Fernando Cunha Lima foi abrigado por familiares e conhecidos, que lhe prestaram suporte logístico, fornecendo alimentação, medicamentos, celulares e até chips de telefone.
Segundo o delegado Rafael Bianchi, responsável pela prisão, as investigações indicaram que, em novembro, quando foi considerado foragido, o médico se escondeu inicialmente na casa de sua filha, no bairro Casa Forte, em Recife. Desde então, ele passou por alguns endereços até se instalar em um imóvel alugado em Paulista, onde foi localizado.
Em entrevista à imprensa, ao chegar na Cidade da Polícia em João Pessoa, o médico afirmou que não ficaria preso por muito tempo, alegando que sairia em apenas dois dias.
Agora, Fernando Cunha Lima está à disposição da justiça, será transferido para Recife para uma audiência de custódia e, em seguida, deve retornar à Paraíba, onde responderá pelos crimes dos quais é acusado.
Em entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais, o delegado Rafael Bianchi disse que Fernando Cunha Lima não reagiu à prisão.
“Ele colaborou, nem ficou surpreso, acho que se sentiu um pouco aliviado. Tanto é que ele conversou muito com a equipe, acho que fazia um bom tempo que ele não conversava com pessoas diversas, fora do âmbito familiar. Mas a investigação nunca parou, desde novembro que ele foi considerado foragido”, pontuou.
Segundo Rafael Bianchi, “no primeiro período em novembro de 2024 ele estava na casa da filha no bairro Casa Forte, que é um bairro de classe média alta, em Recife. Mas mesmo em novembro ele já foi para outra região, que foi em Paulista, na região perto de Recife. Só que nessa segunda residência era uma residência de classe média baixa, era um condomínio popular, não conseguimos apurar quanto tempo ele ficou nesse imóvel, mas aparentemente pouco tempo também. A maior parte do tempo foi nesse imóvel que nós efetuamos a prisão, que é um apartamento alugado exclusivamente para o casal, o foragido e a esposa. Sempre teve a companhia da esposa desde o início. Esse imóvel é classe média na região de Paulista, Pernambuco”, explicou o delegado.
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