Na manhã desta quinta-feira (11), o presidente da CPI dos Combustíveis da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereador Raoni Mendes (DC), detalhou a organização dos trabalhos da comissão, que terá prazo de 120 dias para concluir as investigações, com encerramento previsto para o dia 7 de janeiro de 2026.

Segundo ele, a primeira reunião oficial será realizada na próxima segunda-feira (15), quando será apresentado e votado o plano de trabalho. A partir da quarta-feira seguinte, os encontros da comissão passarão a ocorrer semanalmente, sempre às quartas-feiras, com transmissão pela TV Câmara. Estão previstas oitivas, escutas, acareações e a solicitação de informações a órgãos competentes. O Ministério Público também foi convidado a participar, como forma de garantir maior lisura e transparência ao processo.

Durante os esclarecimentos, Raoni também comentou as manifestações que pedem alteração na presidência da comissão e a possibilidade de o vereador Guguinha condicionar sua participação a essa mudança. Ele afirmou que sua condução está respaldada pela maioria da comissão e pelo regimento da Casa, destacando que “todos os membros devem participar, caso estejam realmente comprometidos com a investigação”.

O relator da CPI, vereador Tarcísio Jardim (PP), explicou a dinâmica do trabalho investigativo e diferenciou seu papel do presidente. Segundo ele, cabe ao relator reunir informações e conduzir as apurações, enquanto o presidente funciona como “maestro” da comissão.

Tarcísio frisou que não chega ao processo com ideias prontas e que o rumo das investigações será definido pelo andamento dos trabalhos. O relator adiantou que serão utilizadas diversas fontes, como denúncias anônimas, informantes, relatórios de inteligência e dados coletados junto a órgãos oficiais. Ele também informou que já manteve contato com o delegado-geral da Polícia Civil e com o secretário de Segurança da Paraíba para reforçar o apoio institucional.

Tanto Raoni quanto Tarcísio enfatizaram que a comissão não pretende prolongar os trabalhos além do necessário. O objetivo é apresentar à população um resultado concreto, sem estender as investigações para 2025. Caso não sejam encontrados indícios suficientes, a CPI será concluída dentro do prazo estabelecido.

O compromisso, segundo os membros, é duplo: responsabilizar quem tiver cometido irregularidades e garantir tranquilidade a quem atua de forma correta no setor de combustíveis em João Pessoa.