João Pessoa 25.13ºC
Campina Grande 23.9ºC
Patos 25.69ºC
IBOVESPA 134739.28
Euro 6.48508
Dólar 5.6889
Peso 0.00489076
Yuan 0.78001482
Violência escolar no Brasil mais do que triplica nos últimos 10 anos, aponta Fapesp
15/04/2025 / 11:45
Compartilhe:
A imagem atual não possui texto alternativo. O nome do arquivo é: escolas
Foto: Reprodução

O número de casos de violência em escolas mais do que triplicou em 10 anos e chegou ao maior nível em 2023, segundo análise da Fapesp.

Em 2023, cerca de 13,1 mil pessoas foram atendidas na rede de saúde após se automutilarem, tentarem suicídio ou sofrerem agressões físicas e psicológicas ligadas ao ambiente escolar.

Metade dos casos registrados em 2023 foram de agressão física. Os outros mais comuns foram violência psicológica ou moral (23,8%) e sexual (23,1%). Em 35,9% das ocorrências, o agressor era amigo ou conhecido da vítima.

Veja o número de pacientes que se autolesionaram ou que foram vítimas de agressões físicas e verbais no ambiente escolar:

  • 2013: 3771 pessoas atendidas
  • 2014: 3746 pessoas atendidas
  • 2015: 3880 pessoas atendidas
  • 2016: 4250 pessoas atendidas
  • 2017: 5647 pessoas atendidas
  • 2018: 6242 pessoas atendidas
  • 2019: 7100 pessoas atendidas
  • 2020: 1710 pessoas atendidas
  • 2021: 2282 pessoas atendidas
  • 2022: 9240 pessoas atendidas
  • 2023: 13,117 pessoas atendidas

O Ministério da Educação (MEC) classifica a violência escolar em quatro grupos: agressões extremas, hostilidades entre alunos e professores, bullying e violência no entorno (como tráfico e tiroteios).

Segundo a Fapesp, os seguintes fatores explicam o pico de violência entre 2022 e 2023:

  • Falta de preparo das secretarias de educação para lidar com misoginia e racismo
  • Desvalorização dos professores no imaginário coletivo
  • Precariedade das escolas
  • Agressões no ambiente doméstico
  • Falhas na mediação de conflitos
  • Propagação de discursos de ódio nas redes sociais 

Com informações do G1