O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter sido “sequestrado” pelo centrão da política brasileira.
As declarações aconteceram durante uma live neste domingo (24), ocasião em que ele disse ainda que Bolsonaro o pressionou a desistir da pré-candidatura ao governo de São Paulo. Caso contrário, o governo faria gestos para que Weintraub perdesse o cargo de diretor do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos. Também participaram da live o irmão de Weintraub, Arthur, ex-assessor da Presidência, e o ex-chanceler Ernesto Araújo.
“O presidente Bolsonaro passou a se identificar com o centrão. E com orgulho”, criticou Weintraub na live. “Ele é 100% vulnerável ao Valdemar da Costa Neto e ao Ciro Nogueira”, afirmou, em referência aos caciques do PL e do PP, respectivamente. Apesar das críticas, os irmãos disseram que vão apoiar a reeleição de Bolsonaro “por falta de opção”.
“O presidente Bolsonaro, infelizmente, desistiu de lutar contra o sistema. Quem anda com bandido ou vira bandido, ou vai ser estraçalhado. O presidente foi sequestrado, acho que está sendo chantageado por esse pessoal”, completou.
Na sexta-feira (22), o filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) xingou os irmãos Abraham e Arthur Weintraub depois de críticas ao decreto do presidente Bolsonaro que anula a pena de Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo STF por declarações contra os ministros da Corte. A pena foi de 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado.
“São uns filhos de uma puta!”, escreveu o filho 03 do chefe do Executivo em seu perfil no Twitter.
O ex-assessor especial da Presidência da República Arthur Weintraub havia dito que o perdão a Daniel Silveira criava “precedentes péssimos”.
F5 Online com informações da Folha de S. Paulo