O WhatsApp obteve uma vitória judicial significativa contra a empresa israelense NSO Group, responsável pelo spyware Pegasus. Em decisão emitida por uma juíza federal dos Estados Unidos, a NSO foi condenada a pagar US$ 168 milhões (aproximadamente R$ 962 milhões) à Meta, proprietária do WhatsApp. A condenação inclui US$ 444 mil em compensação e US$ 167,3 milhões em danos punitivos.
O processo teve início em 2019, quando a dona do aplicativo acusou a NSO de usar o software espião Pegasus para monitorar usuários por meio do aplicativo de mensagens.
O WhatsApp alegou que o Pegasus havia sido utilizado para espionar cerca de 1.400 usuários, incluindo jornalistas, ativistas de direitos humanos e dissidentes políticos. A NSO Group foi considerada responsável por violar leis federais e estaduais de hacking nos EUA, além de descumprir os termos de uso do aplicativo.
A NSO Group foi fundada em 2010 pelos israelenses Shalev Hulio e Omri Lavie, e por sua vez, declarou que está avaliando a decisão e vai recorrer na justiça. A empresa defende que o Pegasus é utilizado exclusivamente por governos autorizados para combater crimes graves, como terrorismo.
Especialistas em segurança cibernética veem a decisão como um marco na luta contra o uso indevido de softwares de espionagem e um alerta para outras empresas do setor.
A condenação da NSO Group também reforça a crescente pressão internacional sobre o uso de tecnologias de vigilância e a necessidade de maior regulamentação e responsabilidade no setor.