A Polícia Federal acaba de enviar ao STF, relatório das oitivas de políticos paraibanos de extrema-direita sobre os atos de 8 de janeiro. Foram ouvidos Nilvan Ferreira, Wallber Virgolino, Cabo Gilberto, Eliza Virgínia e Pâmela Bório. Agora, o ministro relator, Alexandre de Moraes, deve determinar que a Procuradoria da República se pronuncie, podendo denunciar criminalmente os investigados.
Nilvan Ferreira
Afirmou que estava num restaurante; publicou um vídeo em seu Instagram com as pessoas subindo na rampa do Planalto. Questionado sobre a frase “O povo tem força e não vai aceitar a morte da nossa liberdade”, afirmou que queria reforçar a luta pela liberdade do povo de se expressar, e que isso não teria nenhum nexo com a quebradeira que ocorreu depois. e inclusive, tirou sua própria publicação do ar. Ele também afirmou que não enviou dinheiro ou ajudou de alguma forma as pessoas que estavam em Brasília no dia 8 de janeiro, e mais, que não tinha contato próximo com ninguém que estava lá.
Eliza Virgínia
Só ficou sabendo do que estava ocorrendo em Brasília por volta das 17h, mas fez uma publicação em seu Instagram como forma de informar aos seus seguidores. Questionada sobre a frase “Isso é resultado de esticar a corda!! Nem todo mundo aguenta injustiças quieto! O povo no Congresso protestando!”, quis dizer que as pessoas estavam em frente aos quartéis e ninguém resolveu a situação. Diz que nunca foi favorável a qualquer invasão, vandalismo ou violência. Ela também afirma não ter enviado dinheiro ou ajudou de qualquer forma as pessoas que estavam no dia 08 de janeiro em Brasília, que nunca teve contato próximo com as pessoas que estavam na frente dos quarteis, justamente por ser urna pessoa pública.
Wallber Virgolino
Afirmou que por volta das 14h, após retornar para sua casa de praia, decidiu publicar alguns vídeos retirados da internet, como exemplo, site da Jovem Pan e CNN, com a seguinte legenda: “Toda honra e glória seja dada a Deus!’, pois SUPREMO é DEUS, sempre foi e sempre será. Que não teve conhecimento prévio de qualquer movimento de pessoas se deslocando para Brasília para participar dos atos do dia 08, que jamais auxiliou financeiramente ou logisticamente os ataques ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal; que não conhece ninguém que foi preso ou esteja envolvidos nos atos.
Pâmela Bório
Cabo Gilberto
Usou seu direito constitucional de se manter em silêncio.
A representação criminal contra os paraibanos extremistas, assinada pelo advogado Olímpio Rocha, foi protocolada pelo PSOL da Paraíba junto ao STF.
Com informações de Paraíba Feminina