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Abap e API lembram legado de Carlos Aranha, um dos maiores nomes do jornalismo cultural da Paraíba
11/11/2024 / 15:10
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Jornalista ocupou o cargo de presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API) e foi um dos coordenadores na Paraíba do Movimento das Diretas Já. Durante muitos anos, também foi editor de Cultura dos principais jornais paraibanos – Foto: Reprodução

O jornalista e escritor Carlos Aranha, um dos nomes mais importantes do jornalismo cultural paraibano, faleceu nesta segunda-feira (11/11), aos 78 anos, em João Pessoa. O velório ocorre na sede da Academia Paraibana de Letras (APL), e o sepultamento está previsto para acontecer no Cemitério Senhor da Boa Sentença, na capital, na manhã de terça-feira (12).

Reconhecido por sua atuação marcante como jornalista e editor de Cultura em veículos de peso, como o Jornal Correio da Paraíba, A União, O Momento e O Norte, Carlos Aranha construiu uma trajetória que deixa um legado inestimável para a comunicação da Paraíba. Além de sua carreira na imprensa, Aranha foi um artista versátil: músico, poeta, teatrólogo, produtor artístico e cineasta. Desde 2009, ocupava a cadeira de imortal na Academia Paraibana de Letras e publicou o livro “Nós – an insight”, obra que revela sua sensibilidade e olhar atento à cultura e à sociedade.

O presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), Marcos Werick, ressaltou a importância de Aranha para o jornalismo local. “Carlos Aranha foi uma referência para todos nós, não apenas pelo seu talento como jornalista, mas pela sua coragem e compromisso com a verdade. Ele esteve à frente da API em um período decisivo para o país, durante a luta pelas Diretas Já, e sempre defendeu os valores da liberdade de expressão e da democracia”, afirmou Werick. “Sua ausência será sentida, mas seu legado permanece como inspiração para todos que acreditam no poder transformador do jornalismo.”

Ruy Dantas, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), também prestou sua homenagem. “A comunicação e a cultura paraibana perdem um de seus maiores defensores. Carlos Aranha deixa uma marca profunda no nosso estado, seja pela qualidade de seu trabalho, seja pela sua dedicação às causas culturais. Foi um homem que soube usar o jornalismo como ferramenta para construir pontes e enriquecer a nossa identidade”, declarou Dantas. “Ele deixa um vazio, mas sua contribuição para o jornalismo e a cultura será lembrada por gerações.”

O secretário de Comunicação do Governo da Paraíba, Nonato Bandeira destacou que “Carlos Aranha foi um exemplo para todos nós jornalistas pelo seu espírito questionador, pela abordagem lúdica e ao mesmo tempo responsável de tratar a notícia. Ele sempre estava preocupado com a boa escrita, a informação apurada antes de editada e, ao mesmo tempo, Aranha compreendia o fazer jornalístico como uma ferramenta de transformação da realidade social e formação cultural.”

Carlos Aranha foi, além de jornalista, um defensor comprometido dos direitos humanos e da liberdade de imprensa, valores que pautaram sua trajetória. Sua partida deixa um vazio profundo na cultura paraibana, mas seu legado de coragem e dedicação permanece, inspirando futuras gerações.