A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi a principal contribuição do Brasil na presidência do G20. A iniciativa, lançada oficialmente durante a reunião de Cúpula do grupo, realizada este mês no Rio de Janeiro, foi destacada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante o programa Bom Dia, Ministro desta quarta-feira (27/11).
“Sem dúvida nenhuma a apresentação, o lançamento oficial e o número de adesões à Aliança Global foram um sucesso. É um mecanismo da maior importância. Foi o carro-chefe da presidência brasileira. O presidente Lula se envolveu desde o início, inclusive no mês de julho nós estivemos no Rio de Janeiro em uma reunião da área de desenvolvimento do G20 que o presidente Lula foi. Não era de nível de chefes de estado, era ministerial, mas ele foi justamente para fazer o anúncio e explicar o que seria a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Isso foi o carro-chefe e que mobilizou todos os países”, afirmou o ministro das Relações Exteriores
A Aliança estabelece um mecanismo prático para mobilizar recursos e conhecimento de vários países e entidades para implementar e ampliar, em escala global, ações, políticas e programas para o combate à desigualdade e à pobreza.
No lançamento oficial, 82 nações manifestaram apoio, além da União Africana, da União Europeia, de 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais. Entre os anúncios e compromissos estão o objetivo de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030.
Organismos-chave da ONU, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), UNICEF e o Programa Mundial de Alimentos (WFP), também aderiram, ao lado de instituições financeiras como o Grupo Banco Mundial e bancos de desenvolvimento regionais, incluindo o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Organizações filantrópicas como a Fundação Rockefeller, a Fundação Bill & Melinda Gates e a Children’s Investment Fund Foundation também fazem parte da iniciativa.
Durante o último ano, o Brasil esteve na presidência temporária do grupo, que reúne os 19 países dos cinco continentes com as maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% da economia global e 75% do comércio internacional.
O G20 desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais.