João Pessoa 30.13ºC
Campina Grande 28.9ºC
Patos 27.46ºC
IBOVESPA 125924.19
Euro 5.5165
Dólar 5.1936
Peso 0.0059
Yuan 0.7172
Análise: como será o Brasil de Lula?
31/10/2022 / 14:29
Compartilhe:

Comemorações ou luto à parte, a partir do dia 01/01/2023, o Brasil terá um novo comandante e uma pergunta que, naturalmente, está sendo feita é: como será o país com Luiz Inácio à frente do governo?

Antes das pautas e propostas do futuro presidente, é importante um contexto de como Lula irá pegar o Brasil, depois de 4 anos da gestão do Governo Bolsonaro.

* ? PIB: R$ 8,7 tri (dados de 2021, IBGE)
* ? Inflação: 7,17% (IPCA de 12 meses)
* ? Desemprego: 8,9% (agosto 2022)
* ? Ibovespa: 114.539 pontos (último pregão)
* ? Dólar: R$5,34 (última cotação oficial)

Quando venceu sua primeira eleição, em 2002, Lula manteve várias políticas herdadas do governo antecessor, como o regime de metas de inflação, e aprofundou outras, como as políticas de transferência de renda, que beneficiam famílias em situação de pobreza.

O contexto global, no geral, era bem mais tranquilo do que o cenário atual — em que há boa parte do mundo em recessão.

Nas primeiras décadas dos anos 2000, o Brasil viu um crescimento substancial da sua economia, com o impulso da década de ouro do petróleo, assim como a Venezuela e Colômbia.

Até onde a vista alcança, um pouco do que se espera de Lula:

1. Socialmente: Colocando o combate à fome como prioridade do seu governo já no primeiro discurso, Lula sempre se fundamentou em pautas sociais. O petista propõe papel incisivo do Estado e promete fortalecer programas assistenciais, como o Bolsa Família.

2. Economicamente: Lula destaca a revogação do teto de gastos, renegociação de dívidas das famílias e aumento dos investimentos públicos. Além disso, já se posicionou contra a privatização das estatais. É visto pelo mercado como uma personalidade mais “estável” do que Bolsonaro, mas ainda não indicou um Ministro da Economia — o que preocupa a Faria Lima;

3. Politicamente: O partido do Bolsonaro terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, cenário que resultou em um Congresso mais à direita. Assim, Lula enfrentará desafios para negociar com os parlamentares — contando com a ajuda de quatro governadores eleitos do PT e de seu vice, Geraldo Alckmin.

4. Relações internacionais: Durante a campanha, Lula defendeu o fortalecimento do Mercosul e mais diálogo com a África, EUA e os Brics. Sobre as ditaduras latino-americanas de esquerda, ele defende o respeito à soberania dos povos, afirmando que não cabe a ele se intrometer nos regimes.