O incidente do apagão no Instituto Elpídio de Almeida serviu para mostrar que o prefeito de Campina Grande Bruno Cunha Lima tem um enorme desafio pela frente.
As imagens captadas mostrando uma operação de emergência na transferência de gestantes e crianças para outras unidades hospitalares evidenciam que no mínimo faltou gestão por parte dos dirigentes do órgão e do secretário Gilney Porto, da Saúde.
“Se num hospital referência materno-infantil para quase todo o interior do Estado houve essa lacuna, imagine em outra áreas?” cutucou o vereador oposicionista Anderson Pila (MDB).
Confusão danada.
Desde os primeiros meses de governo, de fato, o prefeito Bruno Cunha Lima não tem tido paz. Ao assumir, tirou regalias cortando na carne dos próprios aliados que se encarregaram de criar um festival de lamúrias para o ex-prefeito Romero Rodrigues azedando a relação de ambos.
Ancorado no discurso de uma gestão moderna, Bruno seguiu em frente peitando de empresários a vereadores. De longe, passa a impressão de que tem uma vontade enorme de acertar e fazer a diferença. Mas, a impetuosidade da juventude tem o levado a cometer erros.
Quando a eleição de 2022 chegou, foi preciso muito bombeiro para debelar as chamas e colocar o grupo Cunha Lima e aliados no mesmo palanque em torno da candidatura de Pedro.
Deu certo.
Mas, o estilo “corda esticada” que vem sendo adotada por BCL tem preocupado vários aliados. Para eles, o prefeito terá enormes dificuldades em seu projeto de reeleição. Além das querelas internas, poderá enfrentar a senadora Daniela Ribeiro e todo o aparato que o governo do Estado vem aos poucos arregimentando visando fortalecer as oposições em 2024.
Bruno tem dito que se em 2022 deu certo, 2024 não será diferente. Todavia, até onde a vista alcança terá dificuldades de reunir em seu palanque os mesmos figurantes da eleição do ano passado.
Cenário difícil, bem difícil.