Os sócios da empresa Fiji Solutions, que atua no mercado de criptomoeadas, Bueno Aires, Breno Vasconcelos, Emilene Nascimento, Bruna Soares e Kleyton Martins tiveram seus passaportes apreendidos por decisão do juiz da 4ª Vara Federal de Campina Grande, Vinicius Costa Vidor.
Vidor atende a um pedido da Polícia Federal após as investigações apontarem indícios de pirâmide financeira no negócio, semelhante ao caso da Braiscompany.
“Tratando-se de esquema de pirâmide financeira, a ruina dos mecanismos utilizados para dar aparência de legalidade ao esquema é causa comum para a fuga e ocultação dos envolvidos, como já ocorreu com o investigado Bueno Aires, que abandonou sua residência e se encontra em lugar incerto”, diz trecho da decisão.
Na semana passada, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou com uma ação civil pública contra a Fiji Solutions. No processo, que ainda não foi apreciado, o órgão pede bloqueio de R$ 399 milhões dos sócios da empresa.
A Fiji Solutions tem como fundadores Bueno Aires José Soares Souza, Emilene Marília Lima do Nascimento e Breno de Vasconcelos Azevedo, com sede em Campina Grande. A empresa trabalhava com locação de criptoativos e prometia pagamentos mensais fixos, assim como Braiscompany, outra empresa paraibana que também é alvo da Justiça.
Ainda no mês de março, a Fiji recebeu uma recomendação do MPPB para fazer os pagamentos aos clientes em até 72 horas, prazo que se esgotou no dia 20. As reclamações tiveram início no dia 10 do mês passado. Depois, a Fiji informou ao MP que iniciaria os pagamentos aos clientes o dia 23 do mesmo mês, previsão que também não se concretizou.
O MP solicitou o bloqueio do patrimônio da empresa e bens pessoais dos três sócios, incluindo imóveis, automóveis, aplicações e valores localizados em instituições financeiras. O órgão também sugeriu multa diária de R$ 100 mil e condenação no valor de R$ 5 milhões.