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Bolsa cai pelo segundo dia e perde 2,48% em agosto
31/08/2021 / 20:33
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Em uma sessão marcada por tensões internas e externas, a bolsa de valores caiu pelo segundo dia seguido e encerrou o mês de agosto com perda acumulada de 2,48%. O dólar iniciou o dia em forte queda, mas reagiu durante a tarde e fechou em leve baixa.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta terça-feira (31) aos 118.781 pontos, com recuo de 0,8%. Com o desempenho de hoje, o indicador acumula o segundo mês seguido de perdas, após ter caído 3,94% em julho. No ano, o índice registra leve perda de 0,2%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,172, com queda de R$ 0,017 (-0,34%). A cotação chegou a cair para R$ 5,12 durante a manhã, mas diminuiu o ritmo de baixa com a redução do otimismo no mercado interno.

O dólar está no menor valor desde 2 de agosto, quando tinha fechado a R$ 5,165. A divisa fechou o mês com recuo de 0,73%, depois de chegar a subir 4,13% até o dia 19, quando superou R$ 5,40. Em 2021, o dólar acumula baixa de 0,32%.

No mercado externo, a divulgação de indicadores que mostram desaceleração da economia chinesa influenciou países produtores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil. Com a expectativa de que a China crescerá menos que o previsto, caíram as cotações do minério de ferro e de petróleo, pressionando as ações da mineradora Vale e da Petrobras, que têm o maior peso no índice Ibovespa.

Em relação ao dólar, a moeda continua caindo após declarações recentes do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, de que o órgão não pretende acelerar a retirada dos estímulos monetários concedidos durante a pandemia de covid-19. Juros baixos em economias avançadas beneficiam países emergentes como o Brasil.

No mercado interno, a divulgação de que a taxa de desemprego recuou para 14,1% no trimestre terminado em junho animou os investidores. No entanto, as tensões políticas e o receio de que o Congresso aprove medidas que liberem espaços para mais gastos públicos, como o parcelamento de precatórios, ou reduzam receitas, como a reforma do Imposto de Renda, continua a interferir nas negociações.

Com informações da Reuters e Agência Brasil