A edição desta semana da revista britânica The Economist traz o artigo intitulado “Seguindo o dinheiro”, na qual afirma que o presidente Jair Bolsonaro “não é apenas ruim para o meio ambiente, para direitos humanos e para a democracia, mas também para a economia brasileira”.
Segundo a revista, a aliança entre Bolsonaro e o economista de viés liberal Paulo Guedes, em 2018, exerceu um papel importante na persuasão de lideranças do mundo dos negócios a votar “num ex-oficial militar da extrema direita que nunca havia demonstrado nenhum interesse anterior pelo liberalismo”.
Apesar das promessas de Guedes de promover reformas radicais para acabar com a ineficiência do Estado, diz o texto, o ministro não conseguiu ir além dos ganhos com a reforma da Previdência, a independência do Banco Central e pequenas simplificações regulatórias.
A Economist critica a tentativa do governo de driblar o marco legal do teto de gastos e relembra que Guedes prometeu, em 2019, “fazer história” ao manter sob controle as contas públicas. A publicação também lista a inflação crescente, altas taxas de juros e baixo crescimento econômico como “doenças” que têm acometido a economia brasileira sob a liderança do atual mandatário. Bolsonaro é descrito como um governante que deixou de lado o ímpeto reformista de Guedes para “comprar apoio político e popularidade” com mais gastos públicos.
Da Redação com O Globo