O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu “dicas” na manhã desta segunda-feira (21) sobre o nome escolhido para ser vice em sua chapa rumo à tentativa de reeleição em 2022. Segundo o mandatário, o escolhido é de Minas Gerais e estudou em colégio miliar. Bolsonaro afirmou ainda que a decisão ficará evidente com a reforma ministerial, prevista para ocorrer na próxima semana.

As declarações indicam que o vice poderá ser o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, que é natural de Belo Horizonte e deverá deixar o governo. A expectativa é que Braga Netto deixe o cargo para ficar à disposição do presidente, apesar da oficialização do vice só ocorrer nas convenções partidárias.

“Obviamente, vocês vão tomar conhecimento de quem vai ser meu vice, apesar de (a definição) só ser em agosto, pelas possíveis saídas de ministro agora dia 31 de março. Não quero adiantar agora o nome dele, o Salles (ex-ministro do Meio Ambiente) talvez saiba, pode sugerir ou tentar adivinhar”, disse o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan, da qual Ricardo Salles é comentarista.

“Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato. Eu posso adiantar para vocês, hoje em dia o vice é de Minas Gerais. Mas não quero adiantar o nome dele”, acrescentou Bolsonaro.

Momentos depois, Salles se posicionou sobre uma possível escolha de Braga Netto:

“Dou meu palpite, aliás, não é só o meu palpite, é o meu desejo, que o nosso colega Braga Netto, um grande general, um homem leal ao senhor, competente, sério, e acima de tudo muito discreto e eficiente. Espero que seja ele o mineiro que o senhor está se referindo”, afirmou o ex-ministro.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Defesa, general Braga Netto, durante evento no Palácio do Planalto – Foto: Antonio Molina/Folha

Quando questionado, ao fim da entrevista, se o nome definido é realmente o de Braga Netto, o presidente da República riu e emendou: “Vou dar mais uma dica: é nascido em Belo Horizonte. Mais uma dica: fez colégio militar”.

Os ministros que desejarem concorrer à eleição precisam deixar os cargos até o dia 2 de abril, seis meses antes do primeiro turno da disputa.