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As novas mídias e seu impacto no marketing
05/01/2024 / 08:33
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Como o surgimento de novas mídias que provocou a fragmentação da audiência transformou o trabalho do marketing, de chamar a atenção e produzir diferenciação competitiva?

Ries e Trout, os autores do “Posicionamento” ensinavam que “para se defender do volume de comunicação diária, a mente filtra e rejeita muita informação que lhe chega. De uma forma geral, a mente só aceita aquilo que de certa forma coincide com o seu conhecimento ou com a sua experiência anterior.”

Para os autores, para o posicionamento se fixar na mente é essencial um diálogo com as emoções, o repertório e contexto, as necessidades e os interesses dos potenciais clientes. Portanto, eles já estavam preocupados com o “coração do cliente”.

Em 1990 diziam: “o “approach” básico do posicionamento não é criar alguma coisa de novo ou diferente, mas manipular o que já está dentro da mente, e realinhavar as conexões que já existem.” Eles sustentavam que a melhor abordagem para viver nesta sociedade saturada de comunicação é simplificar a mensagem e que o foco do trabalho do marketing deve estar não no emissor e sim no receptor. Que devemos nos concentrar nas percepções dos clientes em potencial.

E faziam uma crítica muito atual ao marketing: “A mente média já é uma esponja encharcada que só pode se embeber de mais informação livrando-se da que já tem. E apesar disso nós continuamos a despejar mais informação nessa esponja mais que saturada e nos desapontamos se nossas mensagens não chegam.”

O objetivo da comunicação é deixar uma mensagem firmemente fixada na mente do público e como se faz isso, plantando um ativador reticular na mente – um gatilho mental no subconsciente que direciona a atenção, levando a pessoa a notar e lembrar coisas que não estava intencionalmente disposta a memorizar.

O segredo para a propaganda eficaz é atingir as pessoas certas; veicular a mensagem exata e na linguagem correta. Parece fácil, mas grande parte da propaganda não consegue atingir este objetivo, na verdade não passa nem perto.

RODRIGO MENDES é estrategista de marketing político e comunicação
pública com 25 anos de experiência, já tendo coordenado 60 campanhas
eleitorais e prestado consultoria para diversos governos, instituições e
lideranças.