O divórcio, que geralmente é um momento conturbado de dor e sofrimento para o casal, vem sendo ressignificado como celebração. Só na semana passada, dois vídeos de “festas de descasamento” viralizaram nas redes sociais. Esses eventos se tornaram mais comuns e passaram a contar com serviços e mimos que até então só se encontravam na união dos casais, como cerimonialistas, fotógrafos, lembrancinhas e brindes.
A festa de separação em março simbolizou uma libertação para a professora Caroline Gracia Ramos, de 39 anos. Caroline chegou a fazer duas celebrações de casamento nos 19 anos de relacionamento. Com tudo acabado, demorou dois meses para planejar do evento que marcou o fim do matrimônio e contou com cem convidados. Nele, fez um “autobrinde”, para marcar a retomada do nome de solteira, jogou um buquê de descasamento e rasgou um vestido de noiva, com a ajuda de outras divorciadas.
“Investi mais na festa de divórcio do que nas de casamento. Contratei até um grupo de pagode — conta ela, que, com a repercussão do vídeo da festa, procurou sua advogada com medo de retaliações do ex-marido, mesmo sem ter citado ele durante todo o evento. Os últimos anos foram bem sofridos, eu era constantemente menosprezada. Quando consegui sair da relação, após descobrir uma traição, fiz questão de comemorar a retomada da minha vida.”, disse a professora.
De acordo com a advogada Rachel Serodio de Menezes não há na legislação nada que impeça esse tipo de festa, mas aconselha evitar expor o ex.