Movimento sociais, partidos políticos e entidades se articulam em diversos estados do país pela realização de atos públicos em defesa do Estado Democrático de Direito e contra a violência golpista cometida por radiciais bolsonaristas em Brasília. Na Paraíba, os atos estão marcados para ocorrer em João Pessoa e Campina Grande, nesta segunda-feira (09.01).
Em nível nacional, a manifestação é encabeçada pela União Nacional dos Estudantes, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e a Associação Nacional dos Pós-graduandos. A iniciativa de puxar a corrente de mobilização localmente se deu pela organização do Fórum Pró-campina e de partidos e movimentos sociais, entre eles PSOL, PCdoB, PV, PT, PDT e centrais sindicais.
“O objetivo da mobilização é garantir a validade das instituições políticas do nosso país, a soberania da classe trabalhadora brasileira e lutar, na base, contra o fascismo e a onda reacionária da extrema-direita que ascendeu nos últimos anos e é financiado por instituições empresariais e burguesas. Vamos às ruas para demonstrar nossa força de organização, para mostrar que todo o fascismo e terrorismo bolsonarista não se criará, e que devem retornar ao esgoto da história no qual surgiram. Temos um país para reconstruir, para alimentar, para educar, e não é um grupo de fanáticos que tirará de nós, o direito de esperançar”, explicou Mariana de Azevedo, dirigente do PSOL e representante da frente de juventude da legenda no estado.
Em João Pessoa, acontecerá uma reunião com partidos, movimentos sociais, entidades, parlamentares, centrais sindicais e comitês populares de Lula. O encontro está marcado para ocorrer a partir das 14h, no Sindicato dos Bancários. Em seguida, às 18h, está programado um ato no Busto de Tamandaré.
Já em Campina Grande, às 14h, será realizado no Sindicato dos Bancários (Centro) a reunião aberta do fórum Pró-campina, com entidades sindicais e movimentos sociais. Logo após, às 16h, tem início a concentração na Praça da Bandeira.
Ao menos 300 pessoas foram presas desde o início dos ataques na tarde do domingo (08.01), em Brasília. Bolsonaristas invadiram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, cometendo crimes e destruindo o patrimônio público, incluindo obras de arte. Armas letais e não letais também foram roubadas de uma das salas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Mais cedo, o presidente Lula (PT) havia decretado intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, pasta que era chefiada pelo então secretário, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do DF por um período de 90 dias. Ele também determinou a desocupação de todos os acampamentos montados nas imediações de quartéis do Exército pelo país.