Padre Egídio de Carvalho Neto, 56, vai cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada agora há pouco pelo juiz José Guedes Cavalcanti Neto. O líder religioso estava preso na Penitenciária Especial do Valentina desde novembro de 2023 e terá que fazer uso de tornozeleira eletrônica, entre outras cautelares.
A medida é concedida dias após o padre ser internado com fortes dores em uma unidade do Hospital Unimed na capital, onde foi submetido a uma laparotomia.
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) havia emitido um parecer a favor da concessão de prisão domiciliar ao padre, denunciado por desvios milionários de recursos públicos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
De acordo com o coordenador do Gaeco na Paraíba, Octávio Paulo Neto, trata-se de uma aplicação de medida alternativa de prisão.
Em entrevista à radio 98 Correio FM, ele afirmou que “o processo penal não é vingança, a ação penal não é instrumento de vingança e a gente teve que tomar uma atitude humanizada para que ele se restabeleça e o processo corra de forma normalizada. E vamos continuar zelosos pra que a gente consiga chegar ao fim desse processo“, disse o promotor ao justificar o parecer do MPPB pela prisão domiciliar do padre.
Egídio é suspeito de ter comandado um esquema desvios estimados em R$ 140 milhões, dinheiro que teria sido usado na compra de imóveis de luxo, automóveis e outros bens.