Um grupo de magistrados da Justiça do Trabalho na Paraíba, fez uma visita institucional à unidade JP3 da AeC, empresa de contact center líder no setor, em João Pessoa. Batizada em homenagem ao sócio fundador Cássio Rocha Azevedo, falecido em 2021, a nova sede, no bairro de Mangabeira, ampliou o quadro de colaboradores da empresa para mais de 9,4 mil pessoas, tornando-se a maior unidade da AeC do Brasil.
O grupo foi recepcionado pela diretora Jurídica, Compliance e ESG Flávia Tomagnini que ressaltou o principal objetivo da visita: apresentar aos magistrados o ambiente adequado e saudável que a empresa oferece aos colaboradores. “A AeC quer estar sempre de portas abertas para todos os stakeholders para ter um canal de transparência para continuar cuidando de todos os colaboradores””, disse Flávia.
Aos magistrados, Flávia enumerou os programas de cuidados iniciados logo após a admissão, com treinamentos que os preparam para atuar em um mercado complexo e sofisticado, e vão até a medição diária do “índice de felicidade” do colaborador antes dele iniciar o trabalho. “Por um sistema interno, ele é questionado como se sente naquele dia e, se por três dias seguidos, essa manifestação não é positiva, ele é abordado para identificar o incômodo e, se for o caso, receber o apoio da empresa”, relatou Flávia.
O grupo percorreu todos os ambientes do prédio, analisando em especial as condições de trabalho oferecidas, entre elas vestiários, banheiros e áreas de convivência. Chamou a atenção dos visitantes, o clima descontraído, a diversidade de estilos das pessoas e as áreas de convivência ao ar livre. Com 47% dos colaboradores, com idade entre 18 e 24 anos, a empresa é a principal porta de entrada para o mercado de trabalho dos jovens sem experiência profissional.
“Nós temos a responsabilidade social de formar e capacitar esses jovens, seja para que eles cresçam aqui dentro mesmo, seja para que, ao buscar o mercado lá fora, estejam preparados profissional e eticamente”, afirma Flávia.
Outro público que recebe atenção direcionada são as mulheres, já elas representam 60% do quadro de funcionários. “Temos mais de 3,5 mil mães em nossos quadros, a maioria mães-solo. E para elas, criamos um programa especial que as apoia desde a gravidez até a vida escolar do filho, explica Flávia. Além de kits para o recém-nascido e material escolar para as crianças até os 12 anos, a AeC mantém o Programa Vida que estende a licença maternidade por mais duas semanas além do previsto em lei para as gestantes que cumprem todo o calendário do pré-natal.
Elas e os portadores de deficiência são o público preferencial para a progressão do regime de trabalho para home office, modalidade implantada durante a pandemia e que, hoje, corresponde a 40% dos colaboradores, sendo um fator importante de atração de mão de obra para o setor. Assim como a jornada de trabalho de 6h20, que proporciona flexibilidade e permite conciliar trabalho/estudo ou outras atividades.
Menos numeroso, mas não menos importante são as pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ que correspondem a 24% do total de colaboradores, segundo Censo interno realizado em 2023. 3% de declararam trans e não binários e a eles cabe a escolha de como querem ser chamados dentro da empresa. “Não há necessidade de formalização da obtenção do nome social. Manifestado o desejo de ser chamado da forma que considera adequada, terá o nome impresso no crachá e receberá o tratamento com o qual se identifica”, relata Flávia.
Para o juiz do trabalho George Falcão, da 11ª Vara do Trabalho de João Pessoa, a visita foi enriquecedora e esclarecedora. “Nós ficamos avaliando a ‘realidade’ pelo que está descrito nos autos. É muito diferente quando conhecemos essa ‘realidade’ de perto”, afirmou ao final do encontro. A opinião foi compartilhada por José Artur da Silva Torres, acrescentando que em visitas todos ganham. “Nós, juízes, a empresa e, principalmente, os trabalhadores que terão uma avaliação mais balizadas das suas demandas”, afirmou.