Durante boa parte desta terça-feira (25), especulou-se que a ex-vice-governadora Lígia Feliciano estaria prestes a ser nomeada para a Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, dirigido pelo ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT) que foi eleito senador pelo Piauí em 2022.
A indicação seria do próprio ministro. Lígia e o deputado federal Damião Feliciano (União Brasil), apoiaram a eleição do presidente Lula, apesar do deputado ter trocado o PDT pelo UB para garantir a reeleição. Nada a ver com ideologia, foi para escapar mesmo.
E deu certo.
Ainda na pré-campanha eleitoral, Lígia lançou a pré-candidatura ao Governo pelo PDT. Mas, perdeu o comando da legenda e foi obrigada a desistir da disputa. No segundo turno se realinhou com o governador João Azevedo.
Se seu nome for mesmo confirmado para a Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social será um feito e tanto. Segundo a jornalista Sony Lacerda, essa pasta é responsável por programas como Minha Casa Minha Vida, que deve ser reeditado, e o cadastro único do Auxílio Brasil, que voltará a ser Bolsa Família.
O governo federal oficializou a nomeação de 122 cargos do 2º escalão de ministérios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 3ª feira (24.jan.2023). Os nomes foram publicados em portarias publicadas no Diário Oficial da União. As portarias indicam a organização estrutural das pastas do governo federal.
Após os entraves para a composição ministerial, Lula pretende agora usar os cargos do segundo escalão do governo para tentar reduzir desgastes junto a aliados que não foram contemplados na Esplanada dos Ministérios e ficaram insatisfeitos.
Em outra frente, o chefe do Palácio do Planalto também pretende atrair legendas como Cidadania e Podemos numa ofensiva de tentar ampliar a base no Congresso Nacional.
Completam a lista de aliados que ficaram de fora do primeiro escalão o Solidariedade, o Avante, o Pros e o Agir. O primeiro, liderado pelo deputado Paulinho da Força (SP), cobiçava o ministério da Previdência, que acabou ficando com Carlos Lupi do PDT.
As negociações para distribuição dos cargos do segundo escalão são lideradas pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Também foram escalados para os encontros com os líderes partidários os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e o líder do governo no Senado, senador Jacques Wagner (PT-BA).
Petistas locais dizem que os cargos da Paraiba dependem das conversas com Gleisi. Mas, devem dar seus pitacos o senador Veneziano Vital (MDB), e os deputados Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) e Luis Couto (PT), Wilson Santiago (REP) que possuem transito livre no novo governo.
Se a nomeação de Lígia sair na frente vai ser um gol de placa para o deputado Damião Feliciano. E um desprestígio para figuras como o ex-governador Ricardo Coutinho que até agora espera no sereno.