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Médica paraibana explica cuidados com o couro cabeludo na prevenção do câncer de pele
29/12/2021 / 05:52
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Que a exposição ao sol é a grande vilã para o surgimento do câncer de pele, não é novidade. Com a chegada do verão e as altas temperaturas, muitos voltam a atenção para uma rotina de cuidados, mas uma área específica do corpo acaba sendo negligenciada ou não chamando tanta atenção: o couro cabeludo!

Assim como toda a extensão da pele humana, o couro cabeludo também é suscetível a tumores que, quando não matam, podem gerar expressivas sequelas, cicatrizes e mutilações.

De acordo com a dermatologista Francilidia Lima, a lesão do câncer de pele não se desenvolve logo após uma exposição solar intensa. “O que acontece é que, com o passar do tempo, esse efeito cumulativo da exposição solar frequente, lá na frente pode desenvolver um câncer de pele, e que pode também surgir no couro cabeludo”.

Ela explica que o câncer de pele se divide entre não melanoma e melanoma. O primeiro é o tipo mais comum, tem uma menor taxa de mortalidade e se subdivide entre carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. Já o segundo é mais agressivo, costuma acometer mais adultos brancos e tem uma letalidade maior pelo alto risco de se espalhar para outros órgãos do corpo (metástase).

“Se for um melanoma maligno, geralmente ele se apresenta como um sinalzinho bem pretinho, ou um sinal que era marrom e ficou preto, ficou diferente. Nesse caso é importante procurar logo um dermatologista”, diz Francilidia.

Segundo a dermatologista, que atua na área estética, clínica e cirúrgica, o próprio cabelo faz uma ação protetora contra os raios ultravioleta. “Então se a pessoa tem uma baixa densidade de fios ou desenvolve uma calvície ao longo do tempo, é necessário o uso de chapéu com aba larga, não só viseira, e que tenha um tecido de fator de proteção solar”, aconselha a médica paraibana, em entrevista ao F5 Online.

Francilidia Lima também destaca o papel de pais, cônjuges e até dos cabelereiros, que são as pessoas que vão mexer no couro cabeludo do paciente, já que este nem sempre consegue visualizar marcas sozinho. “É importante ressaltar as medidas de proteção e ao menor sinal de lesão diferente procurar um dermatologista, que é o médico especialista apto para dar o diagnóstico”, destaca a profissional.