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Mercado de criptomoedas vai permanecer apesar de escândalo com pirâmides, afirma especialista
02/10/2023 / 09:22
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O delegado de polícia civil especialista no combate à pirâmides financeiras, Vytautas Zumas afirma que o mercado de criptomoedas “vai permanecer porque a tecnologia por trás dele vai permanecer. Infelizmente, como acontece com outras tecnologias, criminosos lançam mão das facilidades que essas tecnologias trazem para o cometimento de crimes”, disse em entrevista o Fantástico, que exibiu uma reportagem especial, na noite deste domingo (1°), sobre as 20 empresas investigadas como pirâmides financeiras no Brasil, entre elas a Braiscompany, gestora cripto sediada em Campina Grande. Ele lembra que criptomoedas são consideradas um investimento lícito, negociadas hoje em corretoras e bancos.

O levantamento do programa mostra que, em seis anos, os golpistas das vinte empresas deixaram no prejuízo pelo menos 2,7 milhões de investidores e movimentaram quase R$ 100 bilhões.

A Braiscompany, idealizada pelo casal Antônio Inacio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos, é a 6ª que mais movimentou dinheiro: 2 bilhões de reais.

Fiji, outra empresa paraibana, também aparece no ranking, tendo movimentado R$400 milhões, de acordo com o levantamento.

A reportagem exclusiva do Fantástico apura ainda que a Braiscompany é a décima empresa cripto que deixou o maior rastro de vítimas: cerca de 10 mil pessoas caíram no golpe.

Entre os lesados, está o ex-campeão de boxe, Acelino Popó, que colocou R$ 1,2 milhão na Braiscompany: “Eu ganhei dinheiro tomando soco na cara, não foi mole, ganhar meu dinheiro não foi brincadeira. Foi 45 pontos no rosto, foi luta de doze rounds, defendendo título, pra fazer meus investimentos, pra ganhar meu dinheiro. Era um valor que eu deixei lá pra fazer meus investimentos”, declarou ao Fantástico.

“A forma que o cara olhava, as lives que ele fazia todo dia, o poder de convencimento que esse cara tinha, que a coisa era real”, disse Popó sobre Antônio Neto Ais, foragido da justiça. Tanto Antônio quanto Fabricia Campos são alvos de mandados de prisão expedidos pela 4ª Vara Federal de Campina Grande.