A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta quinta-feira (18) que houve uma tentativa de genocídio contra o povo Yanomami em 2023. Segundo ela, o governo agiu “prontamente” contra o garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) da etnia e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá tolerância zero contra o crime organizado.
“No ano passado, assistimos horrorizados à tentativa de genocídio do povo Yanomami. O governo reagiu prontamente, atuando em duas frentes: realizamos ações emergenciais e instalamos a casa de governo em Boa Vista”, disse. O pronunciamento antecede o Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril.
Entretanto, o número de Yanomamis mortos no primeiro ano (2023) do governo Lula foi de 363, segundo dados obtidos pelo jornal digital via Lei de Acesso à Informação. O número representou uma alta de 5,8% sobre os 343 mortos no ano anterior, 2022, quando o país era comandado por Jair Bolsonaro (PL).
Guajajara também afirmou no pronunciamento nacional que o governo destruiu os equipamentos dos garimpeiros e ofereceu ajuda aos indígenas afetados. Além disso, declarou que os povos originários precisam ser protegidos porque ajudam a preservar o meio ambiente e a lutar contra as mudanças climáticas.
“Por isso, a luta contra o garimpo, a extração ilegal de madeira, a grilagem de terras e outras atividades criminosas em territórios indígenas não é uma luta apenas dos povos originários, é uma luta de cada brasileiro e cada brasileira”, disse.
Continuou: “Sem o nosso cuidado com o meio ambiente, a crise climática se agravaria, provocando secas, inundações, ciclones e outros eventos ainda mais severos em todo o país.”