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Morre mulher arremessada de brinquedo no Mirabilandia
01/02/2024 / 12:34
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Morreu nesta quinta (1º) a professora Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos. Ela foi arremessada de um brinquedo do Parque Mirabilandia, em Olinda, em setembro do ano passado, e estava internada desde então.

 

Segundo os parentes, o enterro dela será realizado no Cemitério Parque das Flores, no Sancho, na Zona Oeste.

 

Dávine sofreu graves ferimentos na cabeça e passou por dez cirurgias.

 

Ela foi levada, primeiro, para o Hospital da restauração (HR), no Derby, no Recife.

 

Depois, ficou internada no Hospital São Marcos, na mesma região. Por fim, teve que ser transferida para o Hospital da Hapvida, na Ilha do Leite, onde  morreu, durante a madrugada.

 

Em 11 de janeiro deste ano, os parentes de Dávine concederam uma entrevista, após a transferência para o Hapvida, e disseram que a “situação era considerada muito grave”.

 

Ela perdeu praticamente quase a metade do lado direito do cérebro. E isso “comprometeu bastante”, segndo o primo dela, Ricardo Lima.

 

”O quadro dela continua gravíssimo. Ela não responde a nenhum estímulo, é possivelmente 99,9% de que seja irreversível’’, declarou, na época.

 

O acidente de Dávine também ficou marcado por uma disputa jurídica entre a família dela e a administração do Mirabilandia.

 

A família queria que o parque pagasse o tratamento dela.  O Mirabilandia recorreu por não querer custear os procedimentos médicos.

 

Os parentes da professora chegaram a fazer uma arrecadação virtual para conseguir dinheiro.

 

Procurada pelo Diario de Pernambuco, a assessoria de comunicação do Hapvida disse que “a operadora não pode compartilhar informações dos pacientes sem autorização da família e, neste caso, a família da paciente não autoriza. Toda comunicação a respeito dela é feita via familiares”.

 

O que disse o parque 

 

Por meio de nota, a  direção do Mirabilandia lamentou a perda de Dávine Muniz, “solidarizando-se com a família”.

Ainda segundo a empresa, “poucas palavras poderão representar o conforto neste momento, principalmente para quem sempre busca oferecer momentos de entretenimento e alegria. Que seja recebida com todas as honras na sua passagem deste nosso plano”.

 

Inquérito 

A Polícia Civil informou que o inquérito ainda não foi concluído. Também disse que os delegados estão avaliando as circunstâncias para poder se pronunciar.

 

Relembre o caso

Dávine Muniz caiu do brinquedo Wave Swinger, em setembro.

 

Ela esteve internada em hospital particular desde o dia 3 de outubro, após uma determinação da Justiça que ordenou que o Mirabilandia se responsabilize pelos custos do tratamento.

 

O parque chegou a entrar com recursos para não custear a internação de Dávine, mas não teve o pedido acatado.

 

O parque Mirabilândia voltou a funcionar no dia 2 de novembro, após passar 42 dias interditado por determinação do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).

 

No dia da reabertura, o espaço não atraiu um grande público,  possivelmente por causa do Feriado de Finados.

 

O parque de diversões não oferece mais para o público a atração que deixou Dávine Muniz gravemente ferida.

 

O Wave Swinger está no setor de manutenção do Mirabilandia e não há previsão para que volte a funcionar. No local, foi inserido outro brinquedo.

 

Para voltar a funcionar, o parque precisou seguir as dez recomendações do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE).

 

Entre elas a apresentação de documentos de todos os brinquedos, inspeções individualizadas por equipamento assinadas por técnicos e especificação e detalhamento dos documentos sobre manutenção preventiva.

 

Informações do Diário de Pernambuco