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Polícia Civil pede prisão preventiva de pediatra suspeito de estuprar crianças na Paraíba
09/08/2024 / 15:12
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Defesa emite nota negando as acusações de abuso sexual feitas contra médico. Pediatra é investigado por estupro de vulnerável em João Pessoa (PB)

A Polícia Civil da Paraíba pediu nesta quinta-feira (8/8/24) a prisão preventiva do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, suspeito de estupros de vulneráveis e alvo de denúncias formais por parte de seis mulheres, incluindo a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, em João Pessoa, além de sobrinhas do médico.

O pedido feito pela PC será encaminhado ao Ministério Público, que poderá corroborar ou recusar a solicitação. O profissional de 81 anos não compareceu para dar depoimento à polícia e foi internado no Hospital da Unimed, na capital. Os advogados foram à delegacia justificar a ausência alegando que o cliente passou mal.

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Depoimentos de mães de pacientes e familiares do pediatra que também relataram situações de abuso cometidos pelo médico, no contexto da investigação referente aos últimos acontecimentos sobre o caso, levaram à polícia a solicitar pela prisão. Em declaração à TV Cabo Branco/Paraíba, o delegado Cristiano Santana contou haver um padrão entre as vítimas, meninas com idades que variam de quatro a nove anos. “A dinâmica era muito parecida. Existem similaridades entre os casos“, afirma.

O delegado conta que, em geral, e ainda de acordo com os diferentes depoimentos colhidos, o médico costumava agir no consultório, durante atendimentos e exames de rotina, com a mãe da vítima presente ao local, mas aproveitando algum momento de distração.

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A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública nesta quarta-feira (7/8). A mãe da criança de 9 anos, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que na ocasião retirou os filhos do local e foi prestar queixa em uma delegacia.

Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que também foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 90.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou na quarta-feira (7) que abriu uma sindicância para apurar o caso. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas. A Sociedade Paraibana de Pediatria disse que acompanha a apuração dos fatos pela polícia e pelo CRM.