A reeleição do governador João Azevedo, neste domingo (30), com 52,51% (1.221.904 votos) contra de 47,49% (1.104.963 votos) de Pedro Cunha Lima (PSDB), rompe um tabu de que o candidato ao governo precisa vencer em João Pessoa e Campina Grande.
Mesmo perdendo na região Metropolitana dessas duas cidades, como aconteceu no primeiro turno, os maiores colégios eleitorais, João venceu em 170 cidades paraibanas. O mesmo número do primeiro turno.
No placar final, saiu vencedor com uma diferença de 116.941 votos contra Pedro, que saiu vitorioso em 53 municípios. No primeiro turno, o tucano venceu em 26.
Nunca na história das eleições da Paraíba os prefeitos estiveram tão bem avaliados. Com os cofres das prefeituras cheios de recursos de repasses das emendas parlamentares, estes gestores estão com a popularidade lá em cima.
O governador João Azevêdo também caiu na graça dos prefeitos pois ao invés de concentrar obras na Suplan, preferiu repassar os recursos para as obras serem feitas pelas próprias prefeituras.
O jornalista Laerte Cerqueira, do Jornal da Paraíba apontou que João Azevêdo compensou o resultado ruim no maiores centros com votação expressiva, sobretudo no Cariri e Sertão paraibano, como: Serra Grande (87,83% x 12,17%), Santana de Mangueira (87,81% x 12,19%), Tavares (83,24% x 16,76%), Bom Jesus (84,57% x 15,43%), Aparecida (83,14% x 16,86%), São José dos Cordeiros (83,03% x 16,97%), Nova Floresta (81,57% x 18,43%), Nova Floresta (81,46% x 18,54%), Ouro Velho (80,67% x 19,33%), Cajazeiras (75,70% x 24,30%) e Cabaceiras (78,21% x 21,79%).
Para fazer um cálculo tão assertivo assim, só pode ser coisa de engenheiro. Portanto, João teve muito mérito ao desenhar o roteiro de sua própria vitória.