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Psicóloga dá dicas de como evitar crises ansiosas na volta às aulas
31/01/2023 / 11:55
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Início de mais um ano letivo, novos desafios escolares, aulas, estudos, provas, trabalhos e a pressão por sempre conseguir melhores resultados podem favorecer o aparecimento de crise de ansiedade no ambiente escolar. Taquicardia, mãos suando frio, medo de que algo ruim pode acontecer e inquietação são sintomas que podem indicar que uma pessoa está em desequilíbrio.

De acordo com a doutora em psicologia e docente do curso na Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), Simone Alves, o processo de acolhimento dos estudantes na volta às aulas vai para além da recepção na escola. Acolher, nesse sentido, significa personalizar o processo de chegada dos estudantes, compreendendo suas singularidades e necessidades individuais, levando em consideração a sua história de vida, suas dificuldades e estímulos.

“A ansiedade é um processo que estará presente neste momento, devido à expectativa que se cria sobre o início de um novo ano letivo, novas possibilidades, novas amizades, novos estilos e dinâmicas. Isto com certeza mexe com o psicológico dos alunos. Como estratégia de cuidado, a escola pode trazer recursos pedagógicos lúdicos, que promovam uma imersão dos estudantes nas demandas emocionais que possam surgir, como a expectativa que se cria sobre as novas avaliações, interações e atividades escolares”, reforça.

A especialista explica que é importante um mergulho no passado, analisar 2020 e 2021 foi um período mais intenso por questões relacionadas a Covid-19. E as crianças e jovens foram bastante impactados por essa mudança. “Levando em consideração este fenômeno, as demandas psicológicas tiveram um aumento sem precedentes, transformando situações cotidianas em algumas espécies de “gatilhos” (situações que estimulam comportamentos e emoções), que promoviam desconfortos, crises de ansiedade ou agressividade”, enfatiza.

Para lidar com esse cenário, é preciso a presença de um psicólogo nas escolas públicas e particulares para atuar na prevenção desses episódios. O profissional vai atuar criando estratégias de cuidado que fomentam o acolhimento de emoções e o entendimento individualizado de cada estudante no ambiente familiar e escolar.

“O suporte da rede de apoio é fundamental no processo de acolhimento do estudante neste processo de volta às aulas. A escola tem o papel de conduzir a escolarização do processo, a construção da ideia do processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico, assertivo e acolhedor. Entretanto, é em um ambiente doméstico, com uma rede de apoio em fortalecimento constante, que os estudantes terão grandes possibilidades de amparo diante de suas angústias e incertezas”, finaliza.