Mesmo com uma série de denúncias de moradores e investigações do Ministério Público Federal, um grupo liderado por uma pessoa de nome Claudia Alvez Bezerra, continua desafiando autoridades e cadastrando abertamente pessoas para ocupar uma área de preservação ambiental, localizada na Praia do Sol em João Pessoa.
Levantamento feito recentemente pelo Ministério Público Federal aponta que a invasão já destruiu uma enorme área de vegetação nativa e que providências precisam ser tomadas nas próximas semanas.
Cláudia Alves Bezerra, já responde processo na justiça por tentar se apropriar de um terreno pertencente ao casal Ivanildo Soares de Brito e Eva Evangelista de Brito.
O Secretário de Segurança Pública de João Pessoa disse nesta terça-feira (25), durante entrevista na rádio Arapuan FM João Pessoa, que existe invasões em áreas de preservação permanente por pessoas que se dizem ora pescadores, ora sem-terra, ora quilombolas e o poder público não pode mais ficar assistindo a tudo isso de camarote.
Técnicos da prefeitura ligados à secretaria de Meio Ambiente não descartam a possibilidade de Cláudia Alves Bezerra atuar profissionalmente invadindo áreas desde 2008, visando enriquecimento ilícito. Nas últimas horas, eles receberam informações de que agentes políticos teriam orientado Cláudia Bezerra a seguir atraindo “associados”para compensar a saída de pessoas da área invadida.
Em uma das áreas invadidas na Praia do Sol, os levantamentos da Prefeitura de João Pessoa, já constataram o envolvimento de servidores públicos e agentes políticos.
A Semam tem apurado a possível comercialização dos lotes divididos e demarcados concretizados por uma associação, presidida por Cláudia Bezerra e com a intermediação de corretores de imóveis que atuam na região.
A prefeitura também tem recebido informações de um suposto pagamento de propina para policiais para evitar apreensões de máquinas usadas no desmatamento e na abertura irregular de ruas nos loteamentos.
Nos últimos dias o grupo responsável por desmatamento na área de preservação ambiental construiu um muro gigante e autoridades suspeitam de envolvimento com “financiadores externos”.
O outro lado
Cláudia Alves tem negado veementemente que seja líder de uma organização criminosa. Ela revela que preside uma associação de pessoas que buscam um lugar para morar. Através das redes sociais do Assentamento Margarida Alves ela pede apoio de lideranças políticas para o movimento continuar vivo.