Brasileiros elegeram pela primeira vez na história pessoas trans e travestis para a Câmara Federal: Érika Hilton (PSol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
Hilton foi a nona mais votada em São Paulo, com 256.903 votos. Entrou na política em 2018, quando fez parte da Bancada Ativista, primeiro mandato coletivo eleito na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Na época, atuava ao lado de nove outras filiadas do PSOL e da Rede.
Nas eleições de 2020, ela decidiu disputar de forma individual uma vaga na Câmara Municipal da capital paulista, e recebeu 50.508 votos. O total rendeu a Érika o título de vereadora mais votada de São Paulo. A parlamentar foi também a primeira vereadora trans da cidade.
Em 2021, Erika Hilton recebeu o prêmio Most Influential People of African Descent (Mipad), apoiado pela ONU, que reconhece as pessoas negras mais influentes do mundo. Ela foi a única brasileira agraciada na categoria “Política e Governança”.
Já Duda Salabert (PDT) foi a terceira mais votada em Minas Gerais, com 208.332 votos.
Ela começou na política em 2018, quando buscou uma vaga no Senado Federal, mas não se elegeu. Em 2020, decidiu apostar numa vaga para a Câmara dos Vereadores da capital mineira – foi eleita a primeira parlamentar trans belo-horizontina e se tornou na época a vereadora mais bem votada da cidade, com 37.500 eleitores
“Ao longo dessa caminhada tivemos muitos desafios. E nós da ANTRA temos acompanhado a cada pleito a luta dessas representações para atuarem em defesa dos nossos direitos. Estamos felizes demais por termos eleito 2 deputadas federais e 3 deputadas estaduais, que honram o legado de Katia Tapety e dão continuidade a um caminho sem volta: Aquele que trilha novos rumos e avança em busca da garantia da cidadania trans, atentas as pautas que transcendem suas identidades”, destacou em nota a ANTRA – Associação Nacional de Travestis e transexuais, rede de organização política de pessoas trans.
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F5 com informações de O Globo