O etanol é um dos produtos mais importantes do setor sucroenergético paraibano. No ano passado, as usinas da Paraíba produziram cerca de 400 milhões de litros do biocombustível. Ainda em 2021, o etanol anidro e hidratado (comum) foram responsáveis por evitar cerca de 387 mil toneladas de gases do efeito estufa. A própria cana-de-açúcar, matéria-prima do biocombustível, retira o dióxido de carbono do ar em sua fotossíntese e absorve CO2 da atmosfera.
Todo o processo de produção do etanol é sustentável do ponto de vista energético. O bagaço da cana é queimado para gerar bioeletricidade em caldeiras de alta pressão, na qual o vapor é transformado em energia. Essa energia elétrica alimenta a própria usina e o excedente ainda pode ser vendido para o sistema de transmissão de energia elétrica do país.
Além dos benefícios para o meio ambiente, o etanol gera emprego e renda para os trabalhadores do campo. São mais de 20 mil empregos diretos (dados do Caged) e cerca de 40 mil empregos indiretos em dezenas de municípios do estado.
Apesar de o etanol ser um biocombustível sustentável, renovável e limpo, alguns motoristas só enxergam o etanol pelo seu “preço” e costumam se perguntar frequentemente quando é mais vantajoso abastecer com etanol.
Segundo o presidente do Sindalcool-PB, abastecer com etanol é vantajoso a todo momento. “A experiência de utilização do etanol é considerada boa pela maioria dos motoristas. A melhora da prosperidade da sociedade virá com a valorização do biocombustível etanol. Com o abastecimento com etanol, como já faz boa parte dos consumidores, há menor desperdício de energia e o custo benefício para os consumidores é melhor a médio prazo, ou seja, quem compra veículo para trocar a cada cinco anos e precisa vender bem, obtém maior ganho na troca com veículo abastecido com etanol regularmente”, disse Edmundo Barbosa.
Confira o vídeo na íntegra:
Sindicato aposta em comunicação para evidenciar potencial do etanol
O perfil no Instagram @completacometanol é dedicado a ressaltar os benefícios e trazer informações sobre o universo do etanol. No @completacometanol, as pessoas encontram dicas de como economizar e fazer o etanol render mais, informações sobre a mecânica do veículo, razões para optar pelo etanol, esclarecimentos sobre dúvidas, mitos e verdades, entre outras informações relevantes sobre o etanol. Além do perfil no Instagram, ainda há um desdobramento da iniciativa para a landing page coompleta.com.
Segundo dados de 2021 da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), levando em consideração o ciclo de vida da produção energética, utilizando o conceito “poço à roda”, o etanol emite 27 gramas de CO2 por megajoule em toda sua cadeia de produção desde o campo, transporte e industrialização. Já a gasolina usada, com adição de 27% de etanol anidro para melhorar a combustão e reduzir as emissões, emite 80 gramas de CO2 por megajoule de energia.
O etanol vem sendo utilizado no mundo inteiro como um aliado para evitar as emissões. O biocombustível é apontado como uma solução mais eficiente e viável do que a eletrificação com baterias nos veículos. Inclusive, a eletrificação dos veículos deverá ser feita através da célula de combustível movida a etanol.
“Há um número crescente de montadoras na indústria automobilística favoráveis à utilização das células combustível a etanol. A coalizão formada por Volkswagen, Toyota, Stellantis e ainda a CAOA Chery, estas empresas visam ampliar o custo benefício em relação ao rendimento através de maior autonomia e menor consumo de energia com o uso do etanol. Com isto, o consumidor irá rodar 600 quilômetros usando 30 litros de etanol com a célula combustível. Já as empresas que preconizam o uso exclusivo de baterias convencionais, esses veículos terão preços e custos de manutenção muito mais elevados para o consumidor. Nesse cenário, pode ser esperada a convivência entre carroças e o uso de tração animal com carros elétricos, ou seja, a precarização da mobilidade sustentável para os consumidores de baixa renda. Preferimos acreditar na parcela da indústria automobilística que prevê a inclusão de novos usuários de automóveis com menores despesas e que caibam no bolso”, finaliza o presidente do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa.