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Efraim, Ricardo e o discurso sobre posse de armas
15/08/2022 / 15:25
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Um relatório do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2022, mostra que nos últimos quatro anos o número de pessoas com licenças para arma de fogo registrou aumento de 473% no país.

O debate promovido pela TV Band Manaíra, em João Pessoa, na tarde desta segunda (15), questionou aos candidatos ao Senado na Paraíba qual a opinião deles em relação ao tema e se o uso de armas por cidadãos civis contribui para a segurança.

Pré-candidato do PT, o ex-governador Ricardo Coutinho foi sorteado para responder a pergunta e, como tinha direito, convidou o deputado Efraim Filho (União Brasil) para comentar o mesmo questionamento. Confira a seguir o posicionamento de cada um:

Ricardo:

“Esse quadro é muito mais gigantesco do que simplesmente essa pergunta. O número de licenças de armas de fogo no governo Bolsonaro, em quatro anos, aumentou 473%, passou de 117 mil licenças para 673 mil. Se você observar que existem 4, 4 milhões de armas com civis e apenas 368 mil com as forças das polícias, você percebe o absurdo em que se transformou o Brasil. Eles tiram dinheiro da educação, não dão um livro para um estudante, mas ao mesmo tempo querem dar armas ao povo. Então efetivamente essa é uma proposta que demarca aquilo que no Brasil está se constituindo que é uma espécie de neofacismo. É preciso combater isso, é preciso reforçar a educação, criar creches, e não simplesmente distribuir armas para promover cada vez mais violência”, afirmou Coutinho.

Efraim:

“Paraíba, vocês viram que o candidato que foi governador desse estado teve a oportunidade de cuidar da segurança pública do nosso estado e os índices de segurança pública hoje deixam as famílias temerosas. As ruas que pertenciam às pessoas, era comum se conversar nas calçadas, pertencem hoje aos bandidos. E as famílias têm que se esconder nas suas casas. Se você for lembrar as casas estão virando quase prisões. É muro alto, é grade, é cadeado, é pitbull, quem pode bota circuito interno de TV. Então é preciso às vezes também pensar nas pessoas se protegerem. Dar a elas o direito de defender sua família, seu patrimônio, sua vida. Desde que tenham curso técnico e aprovação psicotécnica. A zona rural por exemplo, as famílias precisam se proteger. Então é preciso criar regras para esse uso adequado”, opinou Efraim sobre o mesmo tema.