Em julgamento que aconteceu no Tribunal de Júri de Patos, Sertão da Paraíba, nesta segunda-feira (3/6), Geovane de Lima Galdino Silva foi condenado a 28 anos de prisão pelo assassinato de Renata Ferraz, adolescente trans morta aos 16 anos, em abril de 2022.
Geovane foi enquadrado no crime de homicídio qualificado e o júri imputou quatro qualificadoras na sentença: motivo torpe, meios cruéis, impossibilidade de defesa da vítima e acréscimo de 1/6 da pena por a vítima ser transexual, que judicialmente corresponde a feminicídio.
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Ele está preso em uma penitenciária do Rio Grande do Sul, onde deve cumprir a pena. Ao portal g1, a advogada Ellida Karituanna disse que vai analisar em conjunto com a família do condenado a possibilidade de recorrer da decisão.
Geovane de Lima Galdino Silva estava foragido e residindo em Novo Hamburgo, no RS. Ele foi capturado em julho de 2023 após o caso da morte de Renata ganhar repercussão nacional através do programa Linha Direta, da Globo.
De acordo com o delegado Paulo Ênio, o programa teve interferência decisiva na localização, a partir de denúncias e com o trabalho de inteligência da Polícia Civil da Paraíba e do Rio Grande do Sul.
“Esse jovem no início do ano de 2022 matou de forma cruel a menina Renata Ferraz. Esse crime trouxe muita comoção na cidade de Patos, era uma menina muito jovem, de 16 anos. Esse crime quando aconteceu ano passado, imediatamente fez as investigações e se chegou à autoria, e desde o dia do crime ele estava foragido”, disse na época o delegado Afrânio Brito.
No dia do crime, Renata foi levada em um carro pelos dois homens e morta a golpes de faca. Após cinco meses de investigação, a Polícia Civil prendeu o primeiro envolvido no caso, Flávio da Silva Ferreira, que foi condenado a 19 anos pelo homicídio da adolescente.
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