O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir nesta terça-feira (3) com o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, para discutir o agravamento da crise na Venezuela após ordem de prisão do candidato oposicionista Edmundo González.
A decisão da Justiça da Venezuela, que atende a um pedido feito pelo Ministério Público do país, foi percebida como “inaceitável” e “péssimo sinal” por interlocutores próximos do presidente Lula.
O governo brasileiro avalia soltar uma nota oficial, ainda nesta terça (3), demonstrando preocupação com o aumento das tensões.
Na prática, a apreensão é com a escalada autoritária do governo de Nicolás Maduro, mas assessores presidenciais apontaram um “dilema” para o Palácio do Planalto e o Itamaraty.
Ao mesmo tempo em que se pretende indicar claramente uma insatisfação com os últimos passos de Maduro, o objetivo é não levar a Venezuela para um isolamento internacional ainda maior e não romper completamente o diálogo.
O Brasil continuará sem reconhecer a vitória de Maduro e exigindo a apresentação das atas eleitorais, mas endurecer a estratégia — declarando a Venezuela uma ditadura ou tratando González como presidente legítimo – está fora de cogitação.
*Com informações da CNN Brasil