João Pessoa 30.13ºC
Campina Grande 29.9ºC
Patos 33.9ºC
IBOVESPA 128322.91
Euro 5.4065
Dólar 5.0151
Peso 0.0058
Yuan 0.6939
Pesquisadores da UFPB são destaque em ranking mundial
08/02/2022 / 11:32
Compartilhe:

Um estudo da Universidade de Stanford, em parceria com a Editora Elsevier BV, apontou a lista dos 100 mil pesquisadores mais influentes do mundo, o que representa os 2% dos cientistas mais citados em cada área científica. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está presente no levantamento com oito cientistas como mais citados ao longo da carreira e 16 dentre os mais citados considerando apenas o ano de 2020.

De acordo com o estudo da Standford, os pesquisadores Dionísio Bazeia Filho (Dep. de Física – CCEN), Damião Pergentino de Souza (Dep. de Ciências Farmacêuticas – CCS), Valdir Barbosa Bezerra (Dep. de Física – CCEN), Knut Bakke Filho (Dep. de Física – CCEN), Fernando M. B. Marques (prof visitante PPCEM), Alejandro Speck-Planche (Prof. Visitante do Dep. de Química – CCEN), Maria de Fátima Agra (Dep. de Biotecnologia – CBIOTEC) e José Maria Barbosa Filho (Dep. de Ciências Farmacêuticas – CCS) figuram na lista dos pesquisadores mais citados ao longo das respectivas carreiras até 2020.

O levantamento da Standford também apresenta resultados que mensuram o impacto do pesquisador em um único ano, o de 2020. Nesse ranking, aparecem, ainda, Cláudio Furtado (CCEN e Secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba), Evandro Leite de Souza (Dep. de Nutrição – CCS), Fábio Yuzo Nakamura (Professor Visitante do Dep. de Educação Física – CCS), Mário César Ugulino de Araújo (Departamento de Química – CCEN), Eliton Souto de Medeiros (Departamento de Engenharia de Materiais – CT), João Marcos Bezerra do Ó (Dep.de Matemática – CCEN), Felipe Vigolvino Lopes (Dep. de Engenharia Elétrica – CEAR), Eugênio Ramos Bezerra de Mello (Dep. de Física – CCEN), Marcus Tullius Scotti (Dep. de Química – CCEN) e Luciana Scotti (CCS/HU – PpPNSB), além de professores que figuram em ambos os rankings.

Além destes, o pesquisador Gonzalo J. Olmo, da Universidade de Valência, na Espanha, aparece nas duas listas de pesquisadores influentes com o nome associado à UFPB, devido à constante contribuição e realização de trabalhos de colaboração científica junto à equipe de pesquisadores do Departamento de Física da Universidade.

João Marcos do Ó, professor do Programa de Pós-Graduação em Matemática do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), é um dos pesquisadores da UFPB que está na lista dos mais influentes ao longo do ano de 2020. O professor realiza pesquisas, principalmente, sobre equações diferenciais parciais e análise geométrica. Para ele, estar incluso no ranking de pesquisadores influentes significa que tanto ele quanto a equipe, os colaboradores, colegas e todas as instituições que o receberam e o apoiaram ao longo da vida acadêmica devem ser parabenizadas, pois também contribuíram para esse reconhecimento mundial.

“Um dos índices de medida da credibilidade de uma instituição é a pesquisa que seus docentes-pesquisadores produzem e, se dentro deste quadro, contamos com vários que estão influenciando o mundo cientificamente, o bônus é, de certo, da instituição também”, acrescentou o docente.

Já o pesquisador Fernando Marques é professor aposentado da Universidade de Aveiro, em Portugal e atua na UFPB há quase dois anos como professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPCEM). O docente foi apontado pelo estudo da Universidade de Standford como um dos pesquisadores mais influentes do mundo ao longo da carreira, na área de materiais. Ele conta que era um projeto pessoal antigo compartilhar, na UFPB, conhecimentos acumulados ao longo da carreira, uma vez que está aposentado da Universidade de Aveiro.

Marques revela ser um apreciador moderado desse tipo de ranking, haja vista que os indicadores englobam realidades diferentes. No entanto, ele acredita que figurar entre os pesquisadores reconhecidos pelo efeito de um percurso longo de pesquisas e atuar na UFPB pode contribuir com o programa de pós-graduação ao qual está associado.

“O meu contributo deverá ser interessante pela experiência que oferece aos estudantes e também aos professores com quem vou partilhando as experiências por que passei, mas isso poderia ser igualmente feito por outros professores que não estivessem neste ranking. A internacionalização do Programa é o valor mais importante para mim. Se a internacionalização puder ter associados outros valores que lhe oferecem alguma visibilidade, naturalmente que isso também será positivo”, disse o professor.

O estudo foi fundamentado nas citações da base de dados Scopus. Uma característica desse ranking é que ele considera métricas com e sem autocitação, sendo possível identificar a citação do trabalho por outros pesquisadores, não apenas pelo próprio autor.

Os cientistas são classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos. Os percentis específicos de campo e subcampo também são fornecidos para todos os cientistas que publicaram pelo menos cinco artigos.

De acordo com o professor Fernando Marques, para que um pesquisador se torne influente, há valores importantes na pesquisa a ser realizada, como a inovação, que permite ampliar as fronteiras do conhecimento em áreas relevantes para a sociedade; o rigor, que inclui o controle preciso dos passos a serem seguidos pelo pesquisador e que permite a reprodução da pesquisa; e a cooperação envolvendo pesquisadores de outros países “que ajudem no estudo de problemas que, por vezes, exigem uma diversidade de competências e recursos que quase ninguém possui isoladamente. Foi isso que tentei e tento ainda fazer. É isso que para mim torna a pesquisa interessante e confiável para outros”, explica o pesquisador.

O professor João Marcos do Ó aconselha os novos pesquisadores que desejam obter êxito em seus trabalhos a, primeiramente, procurar um objeto de pesquisa que motive e faça do trabalho algo prazeroso. “Por segundo, dentre os temas de pesquisas deste objeto escolhido, procurar saber distinguir o que realmente importa pesquisar. E por último, sempre que possível trabalhar em grupo. O rendimento em grupo é muito maior, o trabalho será mais produtivo e acredito que o ‘fazer ciência’ deve ser um ato social”, arrematou o pesquisador.

Confira a lista de pesquisadores da UFPB que fazem parte do ranking publicado pela universidade de Standford:

Mais citado na carreira

Alejandro Speck-Planche (Prof. Visitante do Dep de Química – CCEN),

Damião Pergentino de Souza (Dep. de Ciências Farmacêuticas – CCS ),

Dionísio Bazeia Filho (Dep. de Física – CCEN),

Fernando M. B. Marques (Prof visitante do PPCEM),

José Maria Barbosa Filho (Departamento de Ciências Farmacêuticas – CCS)

Knut Bakke Filho (Dep. de Física – CCEN ),

Maria de Fátima Agra (Departamento de Biotecnologia – CBIOTEC) e

Valdir Barbosa Bezerra (Dep. de Física – CCEN)

Mais citados no ano de 2020

Alejandro Speck-Planche (Prof. Visitante do Dep de Química – CCEN)

Cláudio Furtado (CCEN e Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba),

Damião Pergentino de Souza ( Dep. de Ciências Farmacêuticas – CCS),

Dionísio Bazeia Filho (Dep. de Física – CCEN),

Eliton Souto de Medeiros (Dep. de Engenharia de Materiais – CT),

Eugênio Ramos Bezerra de Mello (Dep. de Física – CCEN),

Evandro Leite de Souza, (Dep. de Nutrição – CCS),

Fábio Yuzo Nakamura (Professor Visitante do Dep. de Educação Física – CCS);

Felipe Vigolvino Lopes ( Dep. de Engenharia Elétrica -CEAR),

João Marcos Bezerra do Ó (Departamento de Matemática – CCEN),

José Maria Barbosa Filho (Departamento de Ciências Farmacêuticas – CCS)

Knut Bakke Filho (Dep. de Física – CCEN),

Luciana Scotti ( CCS/ HU – PpPNSB),

Mário César Ugulino de Araújo (Departamento de Química – CCEN),

Marcus Tullius Scotti (Departamento de Química – CCEN), e

Valdir Barbosa Bezerra (Dep. de Física – CCEN)