Esquecidos por cerca de uma década, os antigos casarões da Rua João Suassuna, no Centro Histórico de João Pessoa, passaram por um projeto de revitalização em 2018 que uniu habitação, comércio e serviços. Com o crivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), as obras da Villa Sanhauá se concretizaram como um dos primeiros programas públicos habitacionais em regiões históricas do Brasil.

O projeto reabilitou oito casarões da década de 1920 e abriu espaço para 17 unidades residenciais e seis empreendimentos comerciais, resgatando os detalhes arquitetônicos e aliando moradia com ocupação turística e cultural. A iniciativa foi elaborada pelo município e orçada em aproximadamente R$ 4 milhões, com recursos próprios.

A revitalização da Villa Sanhauá ganhou destaque no Geopizza Podcast, mídia especializada em história, geopolítica e geografia nacional. A publicação destaca a Villa como um dos primeiros núcleos urbanos de João Pessoa, que se expandiu ao longo das décadas em direção ao mar. Ressalta ainda que hoje, a capital paraibana conta com mais de 700 edificações tombadas como patrimônio histórico.

Foto: Divulgação

Então prefeito na época, Luciano Cartaxo (PT) relembrou do projeto em entrevista ao Mangabacast na noite desta segunda-feira (14).

“Dentro do processo de revitalização do Centro Histórico, aonde a gente fez um investimento muito bacana no Parque da Lagoa, no Parque da Bica, revitalização do Hotel Globo, Casa da Pólvora, levamos moradia pro Centro Histórico, alí na Villa Sanhauá, que eram os casarões que estavam em ruínas e a gente conseguiu revitalizar aquilo tudo, levar moradia de qualidade. Levei pro Centro Histórico 100% de iluminaçao com LED, pra garantir segurança, porque mora muita gente no Centro Histórico, não é só o comércio”, comentou Cartaxo.

O ex-prefeito citou, ainda, algo que ficou faltando em sua opinião:

“Gostaria muito de ter feito o projeto que a gente tinha de revitalização daquela área que envolve a Vila Nassau, o porto do Capim, projeto audacioso pra cidade de João Pessoa, ofertando para aquelas comunidades moradia digna, de qualidade e alí a gente transformar num grande parque, porque o objetivo era transformar o Centro Histórico em um ponto turístico, econômico e cultural muito forte na nossa cidade. Então por contas das questões judiciais, pendências, das famílias não quererem sair de lá, de uma resistência, a gente tentou, dialogou com a Justiça, Ministério Público, não foi possível, paciência, mas da minha parte, busquei recursos com o governo federal, junto ao Iphan, conseguimos esses recursos. Isso foi feito, mas não conseguimos viabilizar a obra como um todo, isso foi algo que eu gostaria muito de ter feito, pois sem dúvida alguma geraria um fortalecimento da economia muito grande no nosso Centro Histórico”, disse Luciano em entrevista ao MangabaCast.

 

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