“Foi um crime pensado e feito na oportunidade. Ele só não pensava que tinha todas aquelas pessoas na rua e também não acreditava que a câmera da casa, daquele imóvel, o seu foco atingisse até a calçada da casa dele. Maior prova disso é que ele foi conversar com as pessoas que transitaram, conversou com motoristas de veículos que passaram naquele momento em que Ana Sophia entra na casa dele, conversou com o proprietário do imóvel tentando persuadi-lo a apagar as imagens. Tudo isso em conjunto com as outras provas tornou inconteste que estávamos no caminho correto”, declarou o delegado Aldrovilli Grisi, que investiga o desaparecimento da menina Ana Sophia, em entrevista coletiva realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira (14).
Na ocasião, os investigadores também revelaram que Tiago Fontes Silva da Rocha, apontado pelo inquérito como responsável pela morte e ocultação do corpo da menina, chegou a pesquisar em seu celular sobre decomposição de corpo humano, estágios de putrefação e ocultação de vestígios, horas após o desaparecimento de Ana Sophia.
Ele também fez pesquisas sobre casos de violência contra menores, como o de Júlia dos Anjos, 12, estuprada e morta pelo padrasto em João Pessoa, em 2022.
O corpo de Tiago foi encontrado na quinta-feira (9), em uma área de mata no município de Bananeiras. A identificação do cadáver foi confirmada hoje (14) pela polícia civil, data em que as buscas por Ana Sophia foram retomadas na região.