João Pessoa 25.13ºC
Campina Grande 23.9ºC
Patos 24.3ºC
IBOVESPA 127122.25
Euro 5.5346
Dólar 5.1109
Peso 0.0059
Yuan 0.7058
CCJ aprova PEC da Transição que amplia teto de gastos para pagar Auxílio Brasil de R$ 600
06/12/2022 / 19:03
Compartilhe:

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta terça-feira (6) a chamada PEC da Transição, que tem como objetivo principal assegurar o pagamento de R$ 600 do atual Auxílio Brasil.

O texto foi aprovado com três mudanças principais em relação à versão inicial proposta pela transição de governo:

  • o valor fora do teto de gastos para o Auxílio Brasil caiu dos R$ 175 bilhões iniciais para R$ 145 bilhões;
  • o prazo de vigência desse Auxílio Brasil fora do teto passou de quatro para dois anos;
  • o prazo para o governo eleito encaminhar ao Congresso uma proposta de “novo regime fiscal” passou de um ano para sete meses.

 

Assim, o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma margem no Orçamento para pagar a partir de janeiro a parcela de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até seis anos na família.

Com parte do dinheiro, a equipe de transição também quer turbinar outras ações, que foram promessas de campanha do petista, como Farmácia Popular, merenda escolar, aumento do salário mínimo e moradia popular, por exemplo.

Agora, o texto ainda tem que ser aprovado pelo plenário com pelo menos 49 votos favoráveis, em dois turnos, para poder seguir para a Câmara dos Deputados.

A equipe petista corre contra o tempo porque quer aprovar a proposta antes da votação do Orçamento de 2023, prevista para o fim deste mês. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), estarão detalhados os valores que cada programa do novo governo no ano que vem, inclusive o Auxílio Brasil.

O relator da PEC da Transição, Alexandre Silveira (PSD-MG), prevê no parecer a ampliação do teto de gastos – barreira fiscal que limita as despesas públicas e proíbe o governo aumentar despesas acima do que foi gasto no ano anterior acrescido da inflação.

Essa ampliação, de acordo com o relatório, será de, no máximo, R$ 145 bilhões – R$ 30 bilhões a menos do montante estimado para custear o Auxílio Brasil. O valor está solto, não foi “carimbado” na PEC para a função específica de bancar o benefício, o que pode abrir brecha para os parlamentares darem outras destinações ao dinheiro.

A primeira versão do relatório do Silveira trazia limite de R$ 175 bilhões para expansão do teto, ou seja, todo o Orçamento do Auxílio Brasil. Mas, após solicitação da base de aliados de Bolsonaro, o valor foi reduzido.

Relator aceitou diminuir o valor pois R$ 105 bilhões já estão previstos no Orçamento deste ano para o programa social.

Inicialmente, a equipe de transição apresentou proposta que excluía do teto todo o Auxílio Brasil por quatro anos. Mas, devido à reação negativa do mercado financeiro e de partidos com bancadas expressivas no Congresso, Silveira propôs a alternativa de elevação do limite de despesas.