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Julian Lemos diz não ver sentido em CPI da Petrobras: “cortina de fumaça”
21/06/2022 / 13:15
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Apesar de ser da base do governo Bolsonaro, o deputado federal Julian Lemos (União Brasil) não se esquiva de fazer críticas ao presidente.

Nesta terça-feira (21), o parlamentar disse não ver sentido na CPI da Petrobras, proposta por Bolsonaro para investigar gestores da estatal e os aumentos do combustível. Para Julian, se trata de mais uma “cortina de fumaça” em ano eleitoral.

“Como base do governo eu me sinto constrangido. Não faz sentido, é mais uma cortina de fumaça, todos sabemos que a política feita pela Petrobras não se resolve dessa forma”,  afirmou.

Os partidos que apoiam Bolsonaro se mobilizam em conseguir assinaturas suficientes para abrir uma CPI e apurar supostas irregularidades no processo de definição dos preços de combustíveis pela Petrobras.

Segundo Bolsonaro, o reajuste é “uma traição para com o povo brasileiro”. Apesar das falas, a política da estatal é definida pela direção da companhia e seus conselheiros, na maioria indicados pelo governo. Hoje, o conselho é formado por 11 membros. Desses, seis foram indicados pelo governo Bolsonaro.

“CPI pra começar é um negócio que não tem fim, digamos assim, porque ninguém sabe como termina, e CPI vai resolver oque faltando 90 dias para eleição, não faz sentido. É preciso que o cidadão faça uma autocrítica, independente de questão ideológica, até porque isso tá se tornando uma bandeira inútil hoje, mas pragmatismo hoje pras soluções do Brasil não tem. Aí inventa-se uma CPI, o presidente faz um discurso revoltado com a Petrobras mas é ele quem nomeia o presidente da Petrobras, já são cinco”, questionou Julian em entrevista à BandNews FM Manaíra.

O parlamentar também lamentou o que chamou de “polarização” nas eleições deste ano e manifestou apoio à pré-candidatura de Luciano Bivar (União Brasil).

“Bivar decolar ou não isso pra mim é um detalhe, eu voto por convicção. Bivar é um liberal, é um empresário político experiente, advogado, faz parte de uma legenda que sempre teve um viés de centro-direita, é uma convicção que eu tenho, agora não dá pra gente ficar com duas opções onde um lado é revanchismo e outro é intolerância, isso me incomoda profundamente”.

Questionado sobre quem escolheria no segundo turno, caso as opções fosse Lula ou Bolsonaro, Lemos diz que vai “olhar oque mais se aproxima daquilo que defendo. Eu tenho que ver aquilo que mais se aproxima de mim, pra eu tomar uma decisão”.

Já em relação ao cenário para o governo estadual da Paraíba, Julian reafirmou seu apoio a Pedro Cunha Lima (PSDB): “É um projeto que abracei”, comentou.