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Palanque reduzido, Kit Covid e “Renan vagabundo”: A passagem de Bolsonaro pela Paraíba
21/10/2021 / 16:44
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A passagem do presidente Jair Bolsonaro pela Paraíba, nesta quinta-feira (21), foi marcada pela ausência de aliados e novos ataques às medidas de combate ao coronavírus, à imprensa, CPI da Pandemia e ao Partido dos Trabalhadores (PT).

O mandatário passou a manhã em São José de Piranhas, Sertão do estado, onde entregou o último trecho do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, obra iniciada na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nenhum deputado federal ou senador paraibano participou do evento, que contou com a presença de prefeitos da região de Cajazeiras e os deputados estaduais Cabo Gilberto (PSL), Doutora Paula (Progressistas) e Moacir Rodrigues (PSL).

Durante a solenidade, Bolsonaro citou os paraibanos Cabo Gilberto e Tércio Arnaud Tomaz como amigos que encontrou ao longo das últimas eleições. Tércio é assessor especial da Presidência e apontado como líder do chamado “Gabinete do Ódio”, que estaria ligado à secretaria de Comunicação do governo.

“Quis o destino que eu resolvesse no final de 2014 disputar a presidência. Não tinha partido, tempo de televisão, fundo partidário, grandes grupos para apoiar, mas resolvi no final de 2014 andar pelo Brasil. Fui encontrando amigos, como Onyx Lorenzoni, o Cabo Gilberto, o Tércio Arnaud, que é daqui da Paraíba, e essas pessoas foram se somando”, disse o chefe do Executivo.

‘Renan Vagabundo’

Ao comentar o relatório da CPI da Pandemia, apresentado nesta quarta-feira (20) pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), alguns apoiadores do presidente começaram a chamar Calheiros de “vagabundo”, no que Bolsonaro rebateu: “Não chamem o Renan de vagabundo, vagabundo é elogio para ele. Não há maracutaia em Brasília em que Renan não esteja envolvido”.

O relatório da CPI pede o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes. O documento atribui ainda crimes a outras 65 pessoas, entre elas três dos filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados federais, funcionários do governo, médicos e empresários. Para Renan Calheiros, a omissão mais grave do governo foi o atraso deliberado na compra de vacinas.

Imprensa, Kit Covid e PT

Se dirigindo ao público, Bolsonaro usou o palanque para criticar velhos conhecidos: a imprensa, o Partido dos Trabalhadores e as medidas de combate à covid-19, como lockdowns e restrições impostas durante a pandemia. O presidente também voltou a defender a prescrição de medicamentos sem eficácia contra o novo coronavírus.

“Por que essa perseguição? Eu tomei e no dia seguinte estava bom”, disse, se referindo aos remédios.

“Talvez tenha sido o único chefe de estado do mundo que assumiu uma posição. Não fiquei do lado de lá, o mais cômodo e fácil, apoiando o lockdown, medidas restritivas, toque de recolher, e deixando a economia para depois”, acrescentou.

Bolsonaro também disse que quem não quiser tomar o imunizante contra covid-19 pode seguir seu exemplo.

“Eu não tomei a vacina, quem quiser seguir meu exemplo, que siga, quem não quiser, que não siga. Imagina se formos seguir exemplos de ex-presidentes. Se eu resolver tomar lá na frente, eu tomo. A gente pede a Deus que ela seja eficiente e consiga atingir seus objetivos”.

Em provocação ao PT, o presidente disse que que é preciso deixar o “vermelho” para trás. “Cada vez mais temos deixado para trás o vermelho, que representa o ódio, a intriga, a divisão de classes, a corrupção, e o atraso. Querer a volta desses que afundaram o Brasil é querer o próprio fim”.

“Libertação do nordestino”

Durante a cerimônia de entrega da obra em São José de Piranhas, o mandatário afirmou que a obra representa uma “libertação do povo nordestino” e que em “outros governos o equipamento não seria entregue”.

“Passou por vários governos, mas estava parada há muito tempo. Notícias tivemos aos montões de corrupção e desvio de recursos. Nós resolvemos. Juntei os ministros e falei: a nossa prioridade é concluir obra, até porque é mais barato e essa obra concluída acaba gerando benefício e riqueza”, comentou o presidente.

Da Redação com informações do MaisPB e Polêmica Paraíba